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Reescrever o Escrito - pre​â​mbulo Como Dizer Adeus

by Diogo Divagações

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1.
Às vezes 01:55
Às vezes dói não largar Não saber dizer adeus Ou tendo dito Não saber deixar pra trás E o que traz essa dor é ânsia É magoa É alma desalentada Que busca calma e clama por alcançar Às vezes dói não saber: Não saber melhor, não saber melhor fazer A despedida Às vezes dói E às vezes continua a doer Já te disse adeus Mas nunca me despedi de ti
2.
é 03:53
Quis dizer e então disse Que tentar e então tentei (eu) pus-me em frente ao precipício Onde por sacrifício pensei ser rei Eu sei onde errei Mas sei que tentei (ser mais) Eu sei que almejei (alto) Mas ainda não cheguei (ASSINA) (nãããã) Eu não tenho pressa pra essa prece vaga Se eu não tenho preço e prezo a vida abençoada E já nem sinto nada aparte do eu que vivo Estou só a ver a intenção vir dar a bênção d’alma E a verdade é esta: não vale a pena andar mais com pressa porque esta vida é morte e vice-versa - nós não somos o que se vê! A dimensão da existência em 3D Tem uma limitação contígua; quem crê na permanência Sofre Quem vive em dependência Sofre Quem busca sempre o céu cansa-se Se não tiver asas de sonhar Quem és tu por detrás do pesadelo? Quem és tu realmente? se ser belo é ser mutável e quem não muda enrijece Fica em queda livre o voo por querer ter fora a prece Concretizada. em surdina o valor que tem a vida desvanece se a cegueira coletiva permanece e a miragem duma terra prometida alimenta a tirania no julgar que anestesia o ascender porqu’esta vida é passagem e quem isto ignora veste essa morte precoce e altiva o medo é todo cá – deixa-me dizer-te que o gajo que compôs os versos já não está cá deixa-me dizer-te que o gajo que compôs os versos já não está cá deixa-me dizer-te que o gajo que compôs os versos já não está cá deixa-me dizer-te São 20 anos a escrever a compor a cantar encenar - Progredir por falhar 20 anos de sonhar de saber de soltar As grilhetas do medo que impedem divagar E eu nem... sou o que melhor rima ou melhor escreve do percurso donde venho Fui apenas o teimoso convencido que o esforço poderia dar-me tudo o que tenho E hoje tenho apenas nada - o tudo imenso que é a minha alvorada E se mantenho o pé convicto nesta estrada Foi por aprender que é preciso mudar muito para ser o mesmo e isso basta E isso basta Basta? E isso basta! Basta! É preciso mudar muito para ser o mesmo deixa-me dizer-te que o gajo que compôs os versos já não está cá deixa-me dizer-te que o gajo que compôs os versos já não está cá deixa-me dizer-te que o gajo que compôs os versos já não está cá deixa-me dizer-te
3.
outra vez(!) 04:38
Vou a tempo de voltar pra partir de novo Rumo a uma liberdade que tirei d’um sonho Somos pintores, dispomos de paleta Só que nela falta luz, pró planeta (Somos tinta) Direcionados numa órbita inquieta Alucinados pelo poder da moeda Bloqueados com um poder que segrega Asfixiados com informação que cega Torturados num hospício que celebra Agrilhoados por pensamentos de pedra Inundados de corações onde impera Todo o ódio e no fim nós somos merda E a perda magoa e sentimos que a vida atraiçoa Porque vemos só o físico e o físico não voa “Nada existe em si e por si só”. Do permanente só o impermanente. Sobra a passagem do tempo, no fundo inquieto que é o presente Fica a certeza conjunta que viver a vida é mais do que suficiente Difícil é viver pela morte encomendada constante e inconsciente Sou o tu que é eu neste ser que duvida Sou a dúvida , a dádiva , a vida Sou a força que abunda quando a força falta Sou a dor que sucumbe quando a força volta Sou o tudo quando o nada me visita Sou o nada enormíssimo da vida Esse tudo povoado a alquimia Onde o palco é consagração da mestria E se eu tinha ainda tenho porque tudo sou E tudo o vento levou E se o se que norteio a comandar o som É o que fica onde vou Por fim chego à paragem onde o cais começou Então é porque fecundou e se dou desse mar que se abre , então é porque houve alguém que me ou - viu sou nada no tudo que agradeço sou o esforço a tinta permanente sou a pele descascada sou a fruta ainda verde sou lezíria, planície sou o vácuo, um vórtice um vértice sou o tudo que acaba e começa sou nada , eu não acabo em espécie Vou a tempo de voltar pra partir de novo Rumo a uma liberdade que tirei d’um sonho Vou a tempo de voltar e viver o sonho Pra partir de novo, e rumar ao todo dizer Não pude deixar de reparar na tua cicatriz Silenciosa e tímida, do lado de dentro Perto desse centro incerto que se fez errante pela força do hábito Não pude deixar de reparar que ela fala como quem come o céu Em pequenos pedaços de súplica Em doses moderadas de infinito a ver se não enjoa o querer ser mais Não se chega à felicidade só a sorrir Aprende-se a gritar baixinho para ninguém descobrir Não sei bem ao que sabe a tua vida nem tenho o que te dizer – já há tantas explicações na vida Não quero dar opiniões de como viveres a tua vida Só não consegui deixar de reparar na tua cicatriz Vou a tempo de voltar pra partir de novo Vou a tempo de partir, alcançar o todo Vou a tempo de voltar pra partir de novo Rumo a uma liberdade que tirei de um sonho

about

Este projecto foi produzido através de uma candidatura ao PAC do Município de Santa Maria da Feira, com o objetivo de atualizar a carreira de Diogo Divagações como produtor e intérprete. Este projeto marca os 20 anos de criação do autor e consolida o seu processo criativo.

www.divagasonhos.pt
www.instagram.com/divagasonhos
www.facbook.com/divagasonhos

Cover art por Joana Rodrigues
www.instagram.com/dajoana.fotografia

credits

released April 13, 2024

escrito, produzido, misturado e interpretado por Diogo Divagações

written, produced, mixed and performed by Diogo Divagações.

license

all rights reserved

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about

Diogo Divagações Santa Maria Da Feira, Portugal

Artista multidisciplinar com foco predominante na poesia, tem marcado a sua trajetória desde 2009 com a publicação de dois livros e sua participação em diversos projetos musicais. Destaca-se o trabalho com La Fura del Baus e a recente representação de Portugal no Spoken Word Festival em Varsóvia. ... more

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